As transfusões de sangue e as testemunhas de Jeová!
Alguns teólogos de certas religiões acreditam que é permitido o uso do sangue devido a interpretações particulares dos ensinamentos bíblicos. Eles argumentam que a palavra “sangue” tem diversos significados na escritura, o que levaria a diferentes interpretações, incluindo a possibilidade de consumir ou transfundir sangue. Isso acaba desviando as pessoas da verdade sobre as restrições em relação ao uso do sangue.
O termo “alma” tem realmente cinco significados diferentes na Bíblia, como:
1) Sangue (Lev. 17:14).
2) Pessoa (Gên. 46:22,26,27).
3) Vida (Lev. 22:3).
4) Coração (Deut. 2:30).
5) Alma propriamente dita (1Ped. 2:11).
Mas note que as Escrituras proíbem comer ou ingerir “sangue” (Lev. 17:14). As Testemunhas de Jeová não proíbem transplantes de órgãos de pessoa para pessoa, deixando a decisão apenas para a consciência de cada indivíduo. ( Poderá ter um esclarecimento melhor sobre transplante de órgãos na matéria em nosso site https://opublicadordoreino.org/2024/06/sangue/as-testemunhas-de-jeova-recusam-transplantes-de-orgaos/)
A Bíblia menciona as “almas” dos filhos de Raquel em Gênesis 46:22, e o significado do sangue como a “alma da carne” em Levítico 17:11,12. Mesmo que a palavra “alma” seja usada para se referir aos filhos de Raquel e ao sangue, são conceitos distintos.
Algumas interpretações distorcidas argumentam que o sangue é apenas mais uma entre “cinco coisas”, o que invalidaria a proibição de seu uso. Essa distorção busca desunir os propósitos revelados por Deus nas Escrituras, visando desviar a atenção dos novos estudantes da Bíblia. Os verdadeiros cristãos, que seguem a proibição bíblica de usar sangue, são frequentemente caluniados. O padre católico Felipe Aquino, da TV Canção Nova, menospreza essa proibição, afirmando que, para os católicos, isso já não importa mais.
A “alma” não é o sangue, como muitos pregadores afirmam para justificar a proibição do sangue na Bíblia. De acordo com as escrituras, a “alma” refere-se à vida de um homem ou animal. Jeová formou o homem e ele se tornou uma alma vivente, enquanto a terra produziu almas viventes de diferentes espécies. Portanto, a “alma” não é o centro da vida moral do homem, como sugerem os pregadores, mas sim a própria vida em si, que é diferente da ideia de “pessoa”, também conhecida como “alma” na Bíblia.
Note a “alma” como sendo centro moral em uma passagem bíblica:
1 Pedro 2:11: “Amados, exorto-vos como a forasteiros e residentes temporários a que vos abstenhais dos desejos carnais, que são os que travam um combate contra a alma.” (Literalmente “contra a vida”. Grego: ka·tá tes psy·khés; latim: ad·vér·sus á·ni·mam; hebraico: ban·ná·fesh.)
Não consumir sangue dentro do contexto religioso não é confuso, pois a doutrina é bastante clara. Segundo Gênesis 9:4,5 e Levítico 17:13,14, a vida de toda criatura está no sangue e, portanto, não deve ser consumido, incluindo o sangue de animais e de seres humanos. A proibição se estende também à ingestão de sangue por meio de transfusão, pois estaria indo contra o mandamento de não comer sangue.
Doenças como hepatite, Aids e Zika Vírus são transmitidas por sangue contaminado, o que reforça a importância de se manter a proibição de consumir sangue. Mesmo que o sangue seja considerado descontaminado, o mandamento de não comer sangue é perpétuo, como está escrito em Levítico 3:17.
Alguns argumentam que a proibição se refere apenas ao sangue animal, mas o motivo pelo qual Deus proibiu o uso de sangue é porque ele representa a vida, tanto de animais quanto de humanos. Dessa forma, o sangue humano também representa a vida humana, e por isso, deve ser respeitado e não consumido.Jeová considera o sangue muito sagrado por representar a vida, e por isso, proibiu seu uso de acordo com Deuteronômio 12:23. Portanto, a proibição de consumir sangue se baseia no respeito pela vida e na obediência aos mandamentos divinos.
Os apóstolos evitaram cometer um erro a esse respeito.
Atos 15:20,26 diz: “Lhes escrever para que se abstenham de coisas contaminadas por ídolos, de imoralidade sexual, do que foi estrangulado e de sangue… que entregaram a vida ao nome do nosso Senhor Jesus Cristo.”
Sobre a duração desta proibição para os cristãos, o escritor Joseph Benson mencionou: “Deve-se notar que esta proibição de comer sangue, dada a Noé e a toda a sua posteridade, e repetida aos Israelitas, de maneira muito solene, sob a dispensão mosaica, nunca foi revogada, mas, ao contrário, foi confirmada sob o Novo Testamento, Atos XV; e por isso, se tornou uma obrigação perpétua” – Notas de Benson, 1839, Vol. 1, p. 43.
O escritor Tertuliano (c. 160 – 230Ec.) salientou: “Envergonhai-vos do vosso erro perante os cristãos, pois nos não incluímos nem mesmo sangue de animal em nossa alimentação… Finalmente quando provais os cristãos [julgamento romano] lhes ofereceis chouriços cheios de sangue… isto é proibido, mas quereis fazê-lo transgredir” (Apologia, IX, 13,14).
Observe que em Atos 15:28,29, os apóstolos repetem a mesma proibição do sangue. Ali diz: “Porque pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos vá.” (Almeida)
Com certeza conheciam a passagem de 2 Samuel 23:16,17, que mostra Davi rejeitando beber água em respeito ao sangue de homens vivos e exclamando: “Como eu poderia beber o sangue dos homens?A proibição de consumir sangue não se limita a questões dietéticas, mas sim a abster-se completamente do sangue, como uma forma de obediência a Deus. Introduzir sangue pelas veias iria contra a ordem de se abster do sangue, conforme descrito em Atos 15:28 e 29.
Você não encontrará nenhum texto bíblico que diga: “Não deves fumar.” No entanto, encontrará textos que fornecem princípios contra essa prática (Ti 1:21; 2 Cor 7:1). A palavra “abster-se” significa a proibição de transfusões, inclusive na alimentação quando a pessoa não consegue se alimentar pelo aparelho digestivo e requer nutrição parenteral através de um cateter em uma veia. Portanto, a infusão venosa também é considerada como “comer”.
“À ordem de ‘persistir em abster-se de sangue’? (Atos 15:29) A título de comparação, considere o caso de um homem a quem o médico dissesse que precisa abster-se de álcool. Estaria ele obedecendo à ordem, se deixasse de beber álcool, mas fizesse que este lhe fosse injetado diretamente nas veias?” – Livro Raciocínios a base das Escrituras, p. 345.
A proibição do sangue em Atos 15:28 e 29 não se limita ao sangue animal, mas também inclui o sangue humano. O texto menciona o sangue duas vezes, primeiro na referência à carne sufocada, que se refere à carne animal não sangrada corretamente, e depois na ordem de abster-se de sangue. Se a segunda menção fosse apenas ao sangue animal, seria redundante. Portanto, a proibição se estende ao sangue de modo geral, incluindo o sangue humano.Jesus derramou seu sangue na estaca de tortura, não para ser bebido, mas sim para simbolizar o sacrifício de sua vida. Segundo as profecias, o sangue do “cordeiro” deveria ser derramado no solo, como foi feito por Cristo. A prática de derramar o sangue e cobri-lo com pó, como ordenado por Jeová aos filhos de Israel, prefigurava o sacrifício de Cristo na estaca. Mesmo a estaca não sendo um altar santo, o sangue derramado ali se tornou o “sangue do pacto”.
Na Ceia do Senhor, o pão e o vinho simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, não devendo ser entendidos literalmente para evitar o ato de canibalismo. Jesus explicou que quem come de seu pão viverá para sempre, mas isso tem um significado figurativo, como ele enfatizou em sua reunião na sinagoga de Cafarnaum.
Por isso, é importante compreender o simbolismo por trás da Ceia do Senhor e do sacrifício de Cristo na estaca, em vez de interpretar de forma literal e correr o risco de perder o verdadeiro significado desses atos de adoração. Jesus queria que seus seguidores entendessem a mensagem espiritual por trás desses rituais, em vez de se apegarem às interpretações literais que poderiam levar a confusões.
No texto, Jesus enfatiza a importância de comer sua carne e beber seu sangue para ter vida. Isso foi inicialmente interpretado de forma literal, o que soou ofensivo para muitos. No entanto, Jesus explicou que era simbólico, representando o pão e o vinho da Santa Ceia. A Bíblia destaca a importância do espírito em contraste com a carne, indicando que as palavras de Jesus são espirituais e trazem vida.
A tradução católica Ave Maria, embora aceite a transubstanciação do pão e vinho em carne e sangue, também reconhece o sentido simbólico da eucaristia. Além disso, 1 Coríntios 15:50 ressalta que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus. Apesar das explicações, muitos discípulos abandonaram Jesus por considerá-lo radical ou fanático. A ideia de consumir o pão e o vinho como literais “carne” e “sangue” persiste ainda hoje entre algumas denominações cristãs apóstatas.
Observe: “…A alma humana pode-se definir como “uma substância imaterial”… Por isso, se já o princípio vital… é capaz de transformar, com muito mais razão, o cristão pode admitir a transubstanciação [a mudança milagrosa do pão em carne, e do vinho em sangue, embora não mude a sua aparência de pão e vinho], sendo cristo o possuidor da totalidade da vida…” – Frei Albino Aresi, Homem Total e Parapsicologia, 1980, p. 58.
O livro O Cristianismo Através Dos Séculos, Uma História da Igreja Cristã, de Earle E. Cairns, esclarece: “Cipriano [lider Católico] considerava os clérigos como sacerdotes do sacrifício, ao consagrarem o corpo e o sangue de Cristo na ceia cristã. Esta ideia, mais tarde, foi desenvolvida no conceito de transubstanciação (…) depois do quarto concílio de Latrão de 1215, passou a integrar o dogma Católico Romano a crença de que as palavras consagratórias do sacerdote transformariam o pão e o vinho no corpo e sangue real de Cristo. Cristo era sacrificado outra vez pelo sacerdote para o bem dos crentes” (P. 92,197).
Note que, somente em 1215 d.C. este dogma da “transubstanciação” passou a valer. Podemos perguntar: se a transubstanciação fosse verdadeira, por que Jesus não a relatou aos discípulos? Porém, note que o sacrifício de Cristo não é necessário ser repetido várias vezes como são feitos nos missais.
Hebreus 9:24-26 diz: “Pois Cristo não entrou num lugar santo feito por mãos humanas, que é uma cópia da realidade, mas no próprio céu, de modo que agora comparece perante Deus em nosso favor. O objetivo não era que ele se oferecesse muitas vezes, como o sumo sacerdote entra de ano em ano no lugar santo com sangue que não é o seu próprio. Senão, teria de sofrer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora, no final dos sistemas de coisas, ele se manifestou de uma vez para sempre, para eliminar o pecado por meio do sacrifício de si mesmo.”
E veja também o capítulo 10:14: “Pois foi por meio de uma só oferta sacrificial que ele aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados.
”Então, o ritual da “missa” é sem dúvida um ato profano (Fil. 3:19).
2 Pedro 2:1-3 diz: “No entanto, houve também falsos profetas entre o povo, assim como haverá falsos instrutores entre vocês. Esses introduzirão sutilmente seitas destrutivas e negarão até mesmo o dono que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma destruição rápida. Além disso, muitos seguirão sua conduta insolente, e, por causa deles, as pessoas falarão mal do caminho da verdade. Também, movidos por ganância, eles explorarão vocês com palavras enganosas. Mas a condenação deles, decretada há muito tempo, não tardará, e a destruição deles não está dormindo.”
A Igreja Católica realiza mais de 41 mil sacrifícios de Cristo por semana, segundo ela própria. Questiona-se como o Espírito Santo poderia estar presente em algo que se assemelha a um assassinato e canibalismo. A Bíblia proíbe o consumo de sangue e carne crua, bem como transfusões de sangue, contradizendo a doutrina da transubstanciação. Jesus instituiu a Ceia do Senhor como um símbolo de sua morte e remissão, a ser feito em sua memória. No momento da Ceia, ainda não havia sido sacrificado, então como os apóstolos poderiam ter comido literalmente a carne e o sangue do Senhor? As normas de interpretação da cristandade estão distorcidas, assim como acontecia entre os fariseus e outras seitas na época de Jesus. Ele combateu essa deturpação, mas ainda persiste até os dias de hoje.
Observe: “A cultura e a filosofia gregas se haviam infiltrado nos ensinos religiosos judaicos. A lei… havia sido alterada, até mesmo invalidada, por crenças e tradições inventadas pelo homem (Mat. 15:6)” – Revista: A Sentinela, 1.º De Abril de 2001, P. 4.
O cronista católico Cecílio Elias Netto, do Jornal de Piracicaba, escreveu: “E que esse pão e que esse vinho consagrados – como mágica – tornem-se corpo e sangue de Cristo. É um absurdo. E eis aí o deslumbramento e o assustador de tudo isso: crer no absurdo… Sei, apenas, que será profundamente tolo alguém que – acreditando seu Deus esteja num pão e num vinho consagrados – não se banqueteie dele. Quantos podem dizer que comem seu próprio Deus?”. Sim, muitos dirão, mas é atitude profana empregar ritos de canibalismo como se fosse ensino bíblico cristão. – Veja 1Cro 11:19.
A ideia – ou sadismo – de consumir sangue humano, esta diretamente ligado a problemas mentais. Note o que diz a Enciclopédia Fator X: “A repulsa ao canibalismo manifestou-se no folclore com a criação de monstros como os ciclopes [de um olho só], lobisomens [homens lobos], e vampiros [demônios sugadores de sangue humano e animal]. Muitos esquizofrênicos se identificam com o vampiro… Um exemplo famoso é o de Leder, que em 1827 mutilou um cadáver de uma jovem e bebeu seu sangue” [ . . . ] “Os membros da isolada comunidade de Wat Thong, Tailândia, comem os corpos de seus lideres espirituais, acreditando que isto aumentará as chances de reencarnação do morto”. (Vol. 4, P. 127).
Note agora o que a mesma Enciclopédia irá dizer: “Ainda que pareça bárbaro, o canibalismo desempenha um papel simbólico em muitas religiões. A fé cristã [das religiões apóstatas], usa hóstias e o vinho da comunhão” (P. 129).
Observe ainda: “Em 1989, foi descoberta uma seita Satânica mexicana… a carne e os órgãos das vitimas era colocado num caldeirão… acreditavam que esta “poção” lhes conferiria poderes mágicos” (P. 130).
Estas doutrinas não seriam vindas de Satanás? Tudo indica que sim!
Minúcio Félix, advogado Romano que viveu até cerca de 250 d.C., disse: “Não nos é permissível nem matança humana nem ouvir dela; abstemo-nos tanto de sangue humano que, em nossas refeições, evitamos até o sangue de animais utilizados como alimento” (Octavius XXX, 6).
Sobre essa testemunha cristã citada, vemos o seguinte: “Minúcio Felix… convertido ao cristianismo, publicou um diálogo (Otávio), entre um pagão e um cristão. Esta obra… nos informa com precisão sobre o paganismo da época e sobre os dados fundamentais do cristianismo” (Enciclopédia Larousse Cultural, Vol. 16).
Então fica claro que os antigos cristãos rejeitavam qualquer tipo de sangue baseando-se inteiramente na Bíblia!
Um certo escritor “evangélico”, embora sendo um opositor das Testemunhas Cristãs de Jeová, admitiu: “Pelo menos uma coisa positiva temos a aprender com os Testemunhas de Jeová: a importância que dão aos estudos Bíblicos” (Romildo Ribeiro Soares [R. R. Soares]). As Testemunhas de Jeová, no desejo de agradar inteiramente a Deus e ao Senhor Jesus, se compromete a observar todas as suas leis e ordens, não deixando que opiniões humanas (falhas) interfiram na adoração pura e verdadeira! (Mar. 12:29,30; Jo. 4:23,24)
Podemos também abordar as premissas e a conclusão disso, de uma maneira indiscutível:
Premissa 1: O sangue de animais era proibido para o uso nas Escrituras Hebraicas
Premissa 2: A proibição do sangue foi passada para os cristãos em Atos 15
Premissa 3: Não usamos o sangue de animal nem comendo e nem injetando nas veias
Conclusão: Assim como o sangue de animais não pode ser usado em transfusões o mesmo vale para o sangue humano. Os espíritas acreditam que as Testemunhas de Jeová são radicais ao evitar comer carne mal passada, mas na realidade, isso pode ser prejudicial à saúde devido a parasitas como o Taenia. A lei de Deus não proíbe comer carne, mas sim o sangue como símbolo de respeito pela vida. As Testemunhas de Jeová escolhem não consumir carne com muito sangue, mas Deus permitiu o consumo de carnes e outras substâncias que contenham vestígios de sangue. A proibição se aplica apenas ao sangue em si, não aos elementos que possam estar presentes em outras substâncias aprovadas por Deus. A crença das Testemunhas de Jeová é baseada na Bíblia e na lógica, lembrando a preciosa da vida e evitando matar seus “irmãos” em guerras. Pesquisas científicas mostraram que as transfusões de sangue podem aumentar a taxa de mortalidade em pacientes, enquanto a proibição do uso de sangue foi perpetuada no Novo Testamento. A crença das Testemunhas de Jeová é fundamentada no conhecimento lógico e nas descobertas científicas modernas.. O trabalho foi publicado no Journal of the American Medicai Association com elogios no editorial. “Esse estudo é uma adição notável às evidências anteriores”, escreveu Lawrence Tim Goodnough, da Universidade Stanford. A conclusão que se tirou é que “evitar as transfusões pode salvar mais vidas.” – Revista Época – Menos Sangue Por Favor, Janeiro de 2011, p. 94, 95.
De seus irmãos e amigos …
O Publicador do Reino