שְׁמַ֖ע יִשְׂרָאֵ֑ל יְהוָ֥ה אֱלֹהֵ֖ינוּ הוָ֥ה אֶחָֽד
“Ouça, Israel: O SENHOR JEOVÁ nosso Deus, o SENHOR JEOVÁ é um só:”- Deu.6:4 (Peshitta Bíblia Sagrada traduzida)
Concordância de Strong:
echad: um
Palavra original: אֶחָד
Transliteração do adjetivo: echad
Ortografia fonética: (ekh-awd’)
Definição: Um
Alguns trinitários argumentam que a palavra hebraica “Echad” usada por Deus em Deuteronômio 6:4 indica uma unidade composta, enquanto a palavra “Yachid” não foi usada para se referir a uma unidade absoluta. No entanto, a palavra “Echad” é frequentemente usada no hebraico com o significado primário de “um” e ocasionalmente como “primeiro”, não devendo ser interpretada de forma a se ajustar a uma teologia específica.
Em passagens como Deuteronômio 17:6 e Eclesiastes 4:8, a palavra “Echad” claramente se refere a uma unidade simples e não composta. Ao contar de um a dez em hebraico, a palavra “Echad” é usada simplesmente para representar o número “um”.
“Pela boca de duas testemunhas ou pela boca de três testemunhas, aquele que for condenado à morte será morto; ele não será morto pela boca de uma (Echad) testemunha.- Deu. 17:6 (Peshitta Bíblia Sagrada traduzida)
“Há um (Echad) e não há dois, e ele não tem filho nem irmão, e todo o seu trabalho não tem fim, e também a riqueza não satisfaz os seus olhos; e por quem trabalho e privo minha alma do bem? E isso também é futilidade e negócio maligno”- Ecl.4:8 (Peshitta Bíblia sagrada traduzinda)
O argumento de que “Echad” e “Yachid” se referem a uma unidade composta e absoluta, respectivamente, é uma invenção forçada por trinitários e não se sustenta quando analisado mais detalhadamente.
Moisés não precisaria reforçar que Deus é Único se tivesse usado a palavra “Yachid” em vez de “Echad”. Portanto, a interpretação de que “Echad” significa uma unidade composta não é válida, pois a palavra simplesmente significa “um” em hebraico, sem conotações de uma unidade mais complexa.
Quando ele afirma que “Jeová é nosso Deus” isso IMPLICA que “não há outro além dele”, o que deixa claro ao ser analisado a luz da palavra de Deus:
“Eu sou Jeová e NÃO HÁ OUTRO”. Isaías 45:18
“Jeová é o Verdadeiro Deus” e “NÃO HÁ OUTRO” – 1 Reis 8:60
A respeito de Jeová o Deus de Israel a bíblia diz: “nem há outro SEMELHANTE A MIM”. – Isaías 46:9
Tais textos descartam o fantasioso argumento dos que não conhecem nem hebraico nem as Escrituras. O texto destaca a importância de não traduzir a palavra Yachid como “um só”, mas sim como “único”, visto que quando se diz “Jeová nosso Deus”, isso já implica a frase “um só”. A palavra Yachid é usada em referência a Isaque nas Escrituras, mesmo que ele não fosse o único filho de Abraão. O termo destaca a individualidade, não uma pluralidade, e é evidente em textos como Deuteronômio 6:4.
O contraste entre a adoração verdadeira de Israel e os deuses pagãos ao redor é claro, mostrando que o Deus de Israel é único. Autoridades no idioma hebraico confirmam que Echad significa “um”, não uma unidade pluralizada. O contexto e as traduções feitas por estudiosos trinitários mostram que Echad não possui um significado de plural composto. Textos como Gênesis 2:24 são explicados como metáforas, não indicando uma unidade pluralizada. O Novo Testamento reforça o ensino de que há apenas um Deus, contradizendo a noção de pluralidade divina. Os judeus eram estritamente monoteístas, e a ideia de pluralidade de deuses era contrária às suas crenças.
The New Encyclopædia Britannica diz: “Nem a palavra Trindade, nem a doutrina explícita, como tal, aparecem no Novo Testamento, e nem Jesus ou seus seguidores tencionaram contradizer o Shema do Velho Testamento: ‘Ouve, ó Israel: O Senhor, nosso Deus, é um só Senhor’ (Deut. 6:4). . . . A doutrina desenvolveu-se gradualmente com o decorrer dos séculos, enfrentando muitas controvérsias. . . . Por volta do fim do 4.° século . . . a doutrina da Trindade tomou substancialmente a forma que desde então tem conservado.” — (1976), Micropædia, Vol. X, p. 126.
A New Catholic Encyclopedia diz: “A formulação de ‘um só Deus em três Pessoas’ não foi solidamente estabelecida, de certo não plenamente assimilada na vida cristã e na sua profissão de fé, antes do fim do 4.° século. Mas, é precisamente esta formulação que tem a primeira reivindicação ao título o dogma da Trindade. Entre os Pais Apostólicos, não havia nada, nem mesmo remotamente, que se aproximasse de tal mentalidade ou perspectiva.” — (1967), Vol. XIV, p. 299.
O jesuíta John L. McKenzie, no seu Dictionary of the Bible, diz: “A trindade de pessoas dentro da unidade de natureza é definida em termos de ‘pessoa’ e de ‘natureza’, que são termos filosóficos gr[egos]; na realidade, esses termos não aparecem na Bíblia. As definições trinitárias surgiram em resultado de longas controvérsias, em que estes termos e outros, tais como ‘essência’ e ‘substância’, foram erroneamente aplicados a Deus por alguns teólogos.” — (Nova Iorque, 1965), p. 899.
De seus irmãos e amigos…
O publicador do Reino