Questionamento: A Bíblia diz: “que persistam em se abster de coisas sacrificadas a ídolos, de sangue, do que foi estrangulado e de imoralidade sexual” (atos 15:29). As Testemunhas de Jeová raciocinam que desobedecer a lei do sangue é comparável a praticar imoralidade sexual. No entanto, elas dizem que podem através da consciência individual decidir se poderão utilizar frações de sangue. Então, poderia o cristão utilizar de “frações de imoralidade sexual”, ou seja, fazer algumas práticas sexuais desde que não seja propriamente o ato sexual?
Resposta: Para responder essa pergunta utilizaremos a seguinte ilustração:
Podemos ilustrar porque não devemos achar que componentes principais do sangue não são sangue ao olharmos para o paralelo direto das escrituras de “abster-se de ídolos”
Os cristãos se absteriam de qualquer parte do ídolo que fosse razoavelmente identificada com um ídolo. O mesmo acontece com o sangue. Os cristãos se abstêm de qualquer parte que funcione de modo similar ao sangue e que é logicamente encarada como sangue.
Estou certo de que haveria aqueles cuja consciência os impediria de usar mesmo que partes menores de um ídolo. Alguns usariam somente se fosse totalmente destruída em pedaços.
Outros não veriam problema em usar “qualquer” parte que não mais fosse identificada como sendo um ídolo. Todas essas escolhas seriam válidas e cada um teria razões lógicas do porque fizeram suas decisões. Por outro lado, ninguém poderia de modo apropriado criticar ou condenar outro visto que as escrituras não condenam algo além de um “ídolo” e os princípios bíblicos somente se aplicam a partes que poderiam ser razoavelmente identificadas como sendo um ídolo.
Ora, cristãos deviam “abster-se” completamente dos ídolos nem mesmo tocando neles (2 Cor 6:15-17; Isa. 52:11) Contudo, caso um ídolo fosse desmontado e uma parte fosse usada em uma peça de arte, os cristãos logicamente não teriam problemas com ela. Ela não é mais um ídolo e a arte é aprovada por Deus. Deus proíbe “ídolos”, e não arte. Alguns poderiam até mesmo argumentar que a obra de arte ainda era exatamente o mesmo componente como no ídolo, mas este seria um raciocínio inválido. Visto que a lei era uma lei “moral” e é absolutamente razoável concluir que tal parte desmontada não era “um ídolo” e que portanto, não seria desobedecer a lei de Deus referente a ídolos. Mas e se o ídolo fosse desmontado somente em seus componentes principais e a base tivesse a inscrição: “Ao meu Deus Medusa” ? Ou ainda, suponhamos que ficasse óbvio que um parte principal deste ídolo é de modo inequívoco um componente principal e destacado, que faria com que outros reconhecessem de imediato o ídolo, não seria este identificado como o ídolo muito embora parte deste? É claro que o cristão não usariam esta parte mesmo se fosse um pedaço, pois seria encarada como exatamente o mesmo que o ídolo inteiro!
Questionamento: O mandamento do sangue se refere a não comer sangue, mas não se diz nada em relação às transfusões de sangue.
Resposta: Podemos ilustrar da seguinte maneira: Se um médico recomendasse alguém de se abster-se de álcool, será que isso significaria simplesmente que ela não deveria beber álcool, mas poderia injetá-lo nas veias? Obviamente que não! Do mesmo modo, abster-se de sangue quer dizer que não devemos introduzi-lo de nenhum modo em nosso corpo.
Se um médico lhe recomendasse abster-se deálcool, será que você o injetaria nas veias?
Questionamento: O mandamento bíblico sobre não comer sangue se aplica exclusivamente à vida dos animais que tinham morrido, ou seja, poderia se comer a carne, mas iria respeitar a vida daquele animal morto por não comer o seu sangue. Desse modo, não se aplica esse lei as transfusões de sangue porque quem o doa continua vivo, não morreu, não foi morto para se puder obter seu sangue.
Resposta: Se utilizarmos desse raciocínio então poderíamos concluir que os servos de Deus podiam retirar o sangue de animais, desde que os deixassem vivos, e ingeri-lo ou até mesmo usá-lo para pintar ou para qualquer outro uso.
Desde o primeiro livro da Bíblia, Deus indicou o derramamento sacrificial do sangue de Jesus, para que os homens pudessem ganhar a vida eterna. (Gên. 3:15; 22:2-10; Isa. 53:10-12) Embora aquele sacrifício ainda estivesse no futuro, Jeová tornou claro que seus adoradores deviam considerar a vida e o sangue como sagrados. Mas, ele exigiu também que suas ações se harmonizassem com este conceito divino. Não se subentendia a conduta no que Deus disse a Noé e sua família, quando pela primeira vez lhes permitiu comer carne animal? Deus disse: “Todo animal que se move e que está vivo pode servir-lhes de alimento. Assim como dei a vocês a vegetação verde, eu lhes dou todos eles. Somente não comam a carne de um animal com seu sangue, que é a sua vida” (Gên. 9:3, 4) Portanto, se matassem um animal para alimento, teriam de tomar medidas deliberadas para fazer escoar o sangue do animal, para que o sangue não fosse consumido.Não se tratava dum mero regulamento dietético, nem dum rito religioso sem objetivo. Essa atuação envolvia um altamente importante princípio de moral: O sangue representava a vida que provinha de Deus. E é digno de nota que ele passou a dizer que, embora o animal pudesse ser morto para alimento, não se podia matar um homem. Portanto, se o sangue animal, representando a vida, devia ser encarado como sagrado, e não ser ingerido para sustentar a vida, é óbvio que a vida e o sangue humanos deviam ser encarados e tratados como ainda mais sagrados. — Veja Mateus 6:26.
De seus amigos e irmãos…
O Publicador do Reino