Os “dons de falar em línguas estranhas” é uma prática a muito tempo vista no campo religioso, entre os que ‘falam em línguas’ hoje, acham-se os pentecostais e batistas, também católicos romanos, episcopais, metodistas, luteranos e presbiterianos. Jesus disse que o espírito santo ‘guiaria seus discípulos a toda a verdade’. (João 16:13)
Recentemente por conta da repercussão da mídia, os supostos dons de línguas estranhas tem ganho novo destaque, e a atenção está totalmente direcionada a este tema. Com isso, vamos basear esse artigo em 3 pontos fundamentais:
Os “dons de línguas” concedidos aos cristãos do primeiro século quando os cristãos ‘falavam em línguas’, o que diziam tinha sentido para as pessoas que conheciam essas línguas, conforme Atos 2:4, 8 destaca:
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os capacitava.” – Atos 2:4 (NVI)
“λαλεῖν ἑτέραις γλώσσαις” (grego)
“ falar em outras línguas” (NVI)
O texto acima indica claramente que os discípulos de Cristo em tal ocasião, começaram a falar em outras línguas, para espalhar o cristianismo recém-estabelecido e mostrar que esse era, a partir daquele momento, o modo correto de Deus ser adorado, os primeiros cristãos enfrentaram várias dificuldades. Naquela época, a sociedade geralmente os considerava pessoas “indoutas e comuns”, capazes de falar, principalmente, seu próprio idioma. Mesmo assim, eles tinham uma grande missão pela frente: pregar até os confins da terra (Atos 1:8;), então Jeová Deus, habilitou aqueles a pronunciarem a palavra do Deus vivente em línguas, das quais eles poderiam entender, onde entramos no versículo seguinte de nossa consideração…
“Como é que cada um de nós os ouve em nossa própria língua materna?” Atos 2:8 (NVI)
“ἰδίᾳ διαλέκτῳ”(grego)
“própria língua” (NVI)
A palavra grega dialektos, dá origem a nossa palavra dialeto, ou seja, as pessoas entendiam claramente o que era pronunciado pelos discípulos presentes em pentecostes de 33 DC, como algo entendível, e não estático e repetitivo, como demonstram as religiões hoje, tanto que as pessoas ficaram espantadas, “como é que cada um de nós ouve em nossa própria língua [idioma] materno?
”Certamente essa foi uma provisão maravilhosa da parte de Deus, pois queria que todos ouvissem e aceitassem as verdades, o que seria uma forma de impulsionar ainda mais a obra de pregação dos discípulos que seria extensa conforme Atos 1:8. No primeiro século, segundo mostra a Bíblia, as congregações tinham de limitar o ‘falar em línguas’ a duas ou três pessoas que fizessem isso em qualquer das reuniões; tinham de fazer isso “cada um por sua vez”, e, se não houvesse intérprete presente, tinham de manter-se calados.
“²⁷ E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja um intérprete.²⁸ Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.”- 1 Coríntios 14:27,28 (ACF)
Esse texto deixa extremamente claro, que o realizado nas igrejas hoje, é totalmente contrário as orientações de ordem das reuniões cristãs do primeiro século!
“²⁷ E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja um intérprete.”:
Ou seja, se alguém que fala em outra língua, ou como a bíblia diz, idioma, precisaria de forma incontestável de um intérprete, mas sel não possui um intérprete, alguém que possa ajudar a traduzir, para que as pessoas tirem pleno proveito, o verso 28 diz o que era para ser feito.
“Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus”:
Não se devia pronunciar de forma audível!Evidentemente que a bíblia deixa claro, pois imagine, 2 ou 3 pessoas que falam um idioma de difícil compreensão, do qual ninguém entende no local, e todos falam ao mesmo tempo sem interrupções, qual proveito se tira de tal situação?Nenhum!Mas se tem uma pessoa que intérprete, ou seja, a pessoa tem de ter o conhecimento básico para poder traduzir de forma fidedigna as informações faladas oralmente, aí sim, está pessoa traria não só dignidade a oratória, mas traria o benefício para seus irmãos que poderiam ser encorajados!
O que dizer da “língua de anjos”?
Muitos pentecostais alegam fielmente, que suas pronuncias, procedem de uma linguagem dos anjos! Será mesmo?Usam como base o texto de 1 cor. 13:1:“1 Se eu falar em línguas de homens e de anjos…” – 1 cor. 13:1
Será isso base suficiente? Obviamente que não! Trata-se apenas de uma hipérbole retórica.
É como dizer: “mesmo que eu tivesse superpoderes… Sem amor de nada me adiantaria”Paulo não estava dizendo que ele falava o idioma dos anjos, ele estava exagerando para ensinar que o amor é mais importante do que qualquer dom. Como os dons espirituais ainda estavam presentes na época, Paulo continuou, no capítulo 14 de sua carta, incentivando os coríntios a buscá-los. Mas, afinal, quais dons ele recomendava especialmente? Não as línguas, e sim, principalmente, o dom de profetizar. Isso porque esse dom era mais útil para edificar outras pessoas. Paulo explicou que falar em línguas ajuda a pessoa que está falando, mas quem profetiza fortalece toda a comunidade. Então ele questionou: “Se eu for até vocês falando em outras línguas, qual será o benefício para vocês?” Como poderia isso ajudar alguém se os outros não entendessem o que estava sendo dito?
Por isso, Paulo afirmou: “Prefiro falar cinco palavras com entendimento na igreja do que dez mil palavras em outra língua.” — 1 Coríntios 14:1-19, versão ALA.
Os coríntios precisavam lembrar qual era a verdadeira finalidade do dom de línguas. Por isso, Paulo escreveu: “De modo que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os que não creem.” É importante notar que Paulo não relacionou a interrupção do uso de línguas com os incrédulos. Em vez disso, ele explicou que as línguas deveriam servir como um sinal para os que ainda não acreditam, assim como aconteceu no Pentecoste. Naquela ocasião, pessoas que falavam diferentes idiomas foram atraídas ao cristianismo porque tiveram a Palavra de Deus explicada em suas próprias línguas. Por isso, os coríntios deviam recordar que as línguas não eram dadas para ensinar os membros da igreja, mas como um “sinal” para os descrentes que pudessem estar presentes nas reuniões. — 1 Coríntios 14:21-26, ALA.
Sobre o modo de usar as línguas na congregação, Paulo aconselhou: “Se alguém falar em outra língua, que sejam no máximo dois ou três, e isso de forma alternada, e que haja alguém para interpretar.”Mas, não havendo intérprete, fique calado.” Tal conselho serviu para controlar o uso de línguas na congregação.
Colocava-o no seu próprio lugar. — 1 Cor. 14:24-28, ALA.
Será que isso acontece hoje nas igrejas?
O que mais se vê, são pessoas, que por mais sinceras que sejam, quando entram no campo dessas línguas estranhas, ficam somente falando de forma estática, sem sentido nenhum, e muitas das vezes falam para disfarçar algo que iam falar, mas esqueceram, aí soltam frases e palavras e efeito.Falando verdadeiramente, as línguas estranhas hoje, não agregam em nada para edificação da fé, ninguém entende o que se fala, pessoas tomadas pela emoção, simplesmente deixam se levar por uma fé cega! É isso que se faz hoje em dia! Podemos citar que há algumas décadas, alguns pesquisadores nos Estados Unidos decidiram estudar o estranho fenômeno das manifestações dos alegados dons espirituais nas igrejas pentecostais da cristandade. Eles se ativeram particularmente na glossolalia, que é o nome dado ao comportamento de falar em línguas. Para ajudá-los, eles convidaram um poliglota chinês, solicitando que ele visitasse diversas igrejas pentecostais para analisar o fenômeno. E isso foi feito. Após isso, foi pedido ao poliglota que ele relatasse suas conclusões. O chinês disse que grande parte do que ele ouviu em tais igrejas era um falatório ininteligível. Mas acrescentou que alguma coisa falada consistia realmente de idiomas conhecidos por ele. Do que ele pôde entender, afirmou o poliglota, algumas frases estavam em dialetos africanos e outras, em dialetos chineses. Quando foi solicitado que ele traduzisse o que havia entendido, ele se recusou a fazê-lo. Por quê? Porque, conforme ele declarou, tratava-se de palavras de baixo calão!
Quem procura estes’ dons miraculosos que Deus não mais dá ao seu povo, sujeitam-se a tais enganos de Satanás, e, muitas vezes, os resultados são embaraçosos. Além das convulsões e dos gritos, D. A. Hayes, no seu livro The Gift of Tongues (O Dom de Línguas), descreve um acontecimento similar aos que outros relataram. “Em Los Angeles, não faz muito tempo”, escreveu ele, “certa mulher tinha o dom de línguas, e um chinês de boa reputação que a ouviu disse que ela falava o seu dialeto chinês. Quando se lhe pediu que interpretasse o que ela disse, ele recusou que a linguagem era a mais vil das vis.”
Tal obscenidade é característica dos demônios. Não, o chamado ‘falar em línguas’ de hoje não é evidência da verdadeira adoração. Mas, antes, Jesus disse que seus discípulos seriam conhecidos por haver amor entre eles. Quando pessoas comuns, que sabem quando muito o seu próprio idioma, falam palavras de baixo calão numa língua estrangeira que nunca estudaram nem sequer ouviram, a que conclusão o leitor sincero chegaria?
O atual pentecostalismo seria apenas charlatanismo, ou está envolvido algo mais profundo e aterrador – a influência de forças espirituais iníquas tentando enlaçar pessoas por se manifestarem sob o ardil duma roupagem falsamente cristã?
Algumas pessoas podem argumentar que há uma diferença entre o “dom de línguas” e o falar em línguas como uma evidência do derramamento do Espírito Santo. Elas dizem que todos que receberam o Espírito Santo falaram em línguas, mas nem todos foram posteriormente dotados com o “dom de línguas”. No entanto, onde encontramos uma prova bíblica para essa ideia? Não há nenhuma.
Para ilustrar, podemos observar que outros dons miraculosos também foram concedidos no momento do derramamento do Espírito Santo, como aconteceu em Éfeso, onde as pessoas “falavam em línguas e também profetizavam” (Atos 19:6). As Escrituras não fazem uma distinção entre receber o dom de profecia no momento do derramamento do Espírito Santo e praticá-lo depois; ou seja, elas não dizem que todos receberam o dom de profetizar inicialmente, mas apenas alguns continuaram a praticar posteriormente. Da mesma forma, não há registro de que todos os cristãos falaram em línguas ao receberem o Espírito Santo, embora alguns tenham feito isso mais tarde.
Não se pode fugir disto, nem todos os cristãos falaram em línguas no primeiro século. Não era necessário para a salvação.
Referente à transitoriedade dos dons miraculosos, a Enciclopédia de M’Clintock e Strong, Volume 10, página 484, diz: “Assim parece que os dons miraculosos que nos primeiros dias foram derramados sobre a Igreja para específico propósito, não foram gradualmente, mas rapidamente retirados dos homens quando morreram os apóstolos e os que tinham aprendido dos lábios deles acerca de Cristo.”
As Escrituras mostram que “pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o espírito”. Portanto, quando os apóstolos morreram, e quando os que tinham recebido os dons miraculosos saíram da cena terrestre, os dons sobrenaturais do espírito, inclusive o de línguas, cessaram. — Atos 8:18, ALA
“Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não tiver amor, tenho-me tornado um pedaço de latão que ressoa ou um címbalo que retine. O amor nunca falha. Mas, quer haja dons de profetizar, serão eliminados; quer haja línguas, cessarão.” – 1 Cor. 13:1,8
Jesus disse que o espírito santo viria sobre seus seguidores e que eles seriam testemunhas dele até à parte mais distante da terra. (Atos 1:8) Ele lhes ordenou: “Fazei discípulos de pessoas de todas as nações.” (Mat. 28:19) Também predisse que ‘estas boas novas do reino seriam pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações’. (Mat. 24:14) Quem hoje, como grupo e individualmente, faz esse trabalho? Em harmonia com o que Jesus disse, não deveríamos procurar isso como evidência de que certo grupo de pessoas tem espírito santo?
Melhor estudar com racionalidade, do que acreditar em “Off the king, the power” como alguns por aí!
De seus irmãos e amigos,
O Publicador do Reino!